septembre 01, 2011

fim de tarde em wisteria lane


Sempre me considerei um homem da cidade. Gosto de movimento, gosto de pessoas (com bom ar claro!), cafés, esplanadas, lojas, cinemas, teatros, monumentos com turistas, night life, diversidade.

Mas tenho que admitir que quem não mora numa cidade grande tem uma qualidade de vida bastante superior! Não há trânsito, há menos stress, tem-se tempo para fazer muito mais coisas (apesar das opções serem reduzidas). Há quem vá a pé para o trabalho, há quem faça jogging no intervalo de almoço, há quem vá passear de bicicleta, beber um copo ao fim da tarde. Depois sobra ainda tempo para os deveres familiares à noite.
E assim penso, para quê tantas opções em Lisboa, se acordamos cedo e passamos tempo no trânsito, trabalhamos até tarde para evitar a hora de ponta, saímos do trabalho e mesmo assim ainda apanhamos um ou outro acidente de que não estávamos à espera mas que na verdade acontece pelo menos uma vez por semana! E no fim estamos de rastos e deixamo-nos ficar refastelados no sofá em casa a fazer zapping e lá se vão as opções todas que a cidade oferece!

Hoje às 17:30 a boss disse: "Não me apetece mais trabalhar. Apetece-me uma cerveja!".
Trinta minutos depois estava eu, a boss e o John Lennon a beber uma cerveja fresquinha no quintal da casa dela. Uma daquelas casas nos subúrbios de Reims que fazem lembrar os bairros das séries americanas em ponto pequeno. Nem isso temos em Lisboa! Se sairmos para os subúrbios, em vez de Wisteria Lane encalhamos nos prédios da Rinchoa ou de Santo António dos Cavaleiros!

Don't get me wrong... I still love Lisbon!

3 commentaires:

suzi casper a dit…

alto! que eu vivo nos subúrbios! Ok, são uns subúrbios chiques e com praia, mas não deixam de ser subúrbios!

Concordo plenamente com este teu post! Acredito que apesar de nos acharmos uns cosmopolitas priviligiados, é só mesmo em pensamento que gozamos as variadíssimas ofertas da cidade!
Falo por mim!
contudo, gosto de achar que quando quiser, é só escolher... provavelmente isto passa-me e vou terminar a minha vida profissional para uma farmácia no fim do mundo e a viver numa casinha localizada num monte alentejano!

Kiss

et voilà a dit…

lol estou-te mesmo a imaginar numa farmácia... lolada

Filipe Gouveia de Freitas a dit…

Primeiro. não vejo mal nenhum em morar em Santo António dos Cavaleiros (morei lá 17 anos e não me fez mal nenhum).
Em relação à qualidade de vida, tem tudo a ver com aquilo que queremos englobar nesse conceito e com aquilo que desejamos viver. Parece é que o conceito de "qualidade de vida" hoje se aplica a casas no campo e longos passeios pelo lago enquanto se vem a casa na hora do almoço. Se isto é agradável? É. Se é o que quero agora para o meu quotidiano? Acho que não. Muito embora, o que dizes sobre a vida urbana nos roubar tempo para as suas opções variadas seja muito verdade.